quarta-feira, maio 09, 2012

E aí coelhinho, decidiu quando vem?

Para quem não sabia (como eu):
A páscoa sempre acontece no primeiro domingo de lua cheia após o dia 21 de março. Com isso dá pra calcular também o carnaval (40 dias antes) e corpus christi (60 dias depois).

Por quê? 
A páscoa era a comemoração da chegada da primavera, com a vinda de dias mais quentes e o fim das longas noites de inverno. Era época para iniciar o trabalho na terra para o plantio.

Mais tarde, com a consolidação das crenças pagãs e cristãs pelo imperador Constantino no ano 313, passou a ser comemorada na mesma data a histórica saída dos judeus do Egito e muito posteriormente a ressurreição de Cristo.

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terça-feira, setembro 08, 2009

As Origens das Cores

██ Amarelo - Na antiguidade, tinha-se a ideia de que a icterícia, uma doença que deixa as crianças amareladas, vinha da bílis, que é uma secreção produzida pelo fígado que na época era chamada de “humor amargo”. No latim, amargo era amargus, que no diminutivo ficava amarellus, e então acabou ficando amarelo.

██ Vermelho – Antigamente a única forma de se produzir a cor vermelha era com um inseto chamado cochonilha, que esmagado virava a cor vermelha, pois desconheciam o urucum e o pau-brasil na Europa. O nome vem do latim vermiculum “vermezinho”.

██ Azul – Era o nome de uma pedra preciosa chamada lápis-lazúli que batizou a cor azul. Mas e o lápis? Lápis em latim já significava pedra então não conta. Lazúli veio do árabe lázúrd, nome da rocha azulada.

██ Laranja – Como muitos já imaginam, o nome surgiu derivada da própria fruta. Os árabes resolveram ir á Europa e na bagagem levaram uma fruta chamada “nárandja” em árabe. Batizaram a cor de lambuja.

██ Verde – Verde surgiu do verde. Como assim? Explico, a cor verde é uma das poucas cores que já nasceram cor, o verbo latino vivere significava estar verde, verdejar. Dele surgiu associação do verde com algo que está nascendo, que ainda não está pronto.

██ Marrom – O nosso marrom surgiu da castanha portuguesa, que em francês chama-se marron. O marrom-glacê vem daí: um doce escuro feito de castanha portuguesa.

██ Cinza – No fim de uma fogueira restam as brasas, que contém uma massa de pó “cinza”. A palavra cinza surgiu por associação a palavra latina cinisia, que também se transformou no nome do tom preto-claro.

██ Preto - Vem do latim appectoráre, que quer dizer “comprimir contra o peito”. E o que isto tem a ver? Como em toda língua acontece adaptações, appectorár virou apretar. E, por analogia deu-se no preto, querendo referir-se a algo denso, espesso, “apertado”.

██ Branco – Normalmente falamos que algo brilhante e alvo é “branquinho”. Os latinos também achavam a mesma coisa e pegaram uma palavra germânica "blank" , que significa polido, para falar a cor. O termo “armas brancas” que é usado para facas e punhais, vem deste conceito: branco, polido, reluzente.

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quarta-feira, setembro 02, 2009

Gordo é a...

2:20AM

*Trim, Trim*
(ou *brlblrblrblr*, que é como hoje em dia tocam os telefones...)

- Alô? (Eu, assustadíssimo, porque o telefone, à essa hora da manhã, ou é engano, ou amigo bêbado ou notícia trágica...)

- Oi Gordo!
- Hmm? Alô?
- Oi Gordo, sou eu...
- Quem tá falando?
- Ai, desculpa... liguei errado.

*Tu-Tu-Tu...*

Além de ligar errado, me xinga de gordo...
Ía aproveitar que tava de pé e assaltar a geladeira, mas agora fiquei encanado.
Vou voltar à dormir.
Com fome.
Saco!

Aposto que vou sonhar com palmito ou azeitona.

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segunda-feira, setembro 29, 2008

A Inversão Esculáchica

Segundo a Academia Portuguesa de Letras, Caralho é a palavra com que se denominava a pequena cesta que se encontrava no alto dos mastros das caravelas, de onde os vigias perscrutavam o horizonte em busca de sinais de terra.

Dada a sua situação numa área de muita instabilidade (no alto do mastro) era onde se manifestava com maior intensidade o rolamento ou movimento lateral de um barco.
Também era considerado um lugar de castigo para aqueles marinheiros que cometiam alguma infracção a bordo.

O castigado era enviado para cumprir horas e até dias inteiros ali e quando descia ficava tão enjoado que se mantinha tranquilo por um bom par de dias. Daí surgiu a expressão:
-Vai pro caralho!

Por outro lado, Babaca, segundo o Houaiss, tem entre outros o significado de vulva, pela sonoridade similar à de algo que "baba".

Curiosamente, tendo outrora este significado marcadamente sexual, hoje em dia este é um adjetivo bem menos despudorado do que seu amigo náutico.

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terça-feira, setembro 23, 2008

A Guerra dos Ceg(x)os

Nunca abandonei uma sala de cinema. Não acho que sou nenhum herói, nem qualquer tipo de insensível. Simplesmente nunca me senti agredido desta forma.

O máximo que já me aconteceu foi virar o rosto em determinada cena. Quando era pequeno, não conseguia assistir "V", que passava no SBT. Era sobre alienígenas lagartos que comiam ratos e fingiam ser bonzinhos quando na verdade queriam dominar a Terra. Me escondia atrás do sofá e me levantava apenas de vez em quando. Acho que eu acabava assistindo mais sofá do que o seriado.

Talvez seja desde então que eu não vejo muita graça na sensação da iminência do susto que os filmes de horror têm em 90% de suas cenas.

Mais recentemente me peguei desviando o rosto no filme mais violento que já assisti: "A Paixão de Cristo". Mais especificamente na cena em que o chicote arranca um pedaço de osso durante o açoite. O "uhh" na sala de cinema foi geral (pelo menos entre as pessoas que ainda estavam olhando). Um filme onde, literalmente, pegaram Jesus pra Cristo.

Já em "Ensaio Sobre a Cegueira" - O Filme - penso que a minha leitura cega do livro ainda me preserva do grafismo explícito da violência narrada por Saramago.

A redução do ser humano à barbárie, pelo menos por enquanto, é cega por ser apenas um grande monte de palavras na minha mente.

No entanto creio que em alguns dias, quando eu já tiver visto o filme, meu choque já terá sido bem maior.

Confesso, entretanto, que tenho mais medo do grafismo fecal descrito no livro do que da cena sexual propriamente dita. Mas isso naturalmente se deve ao fato de que por eu ser homem, convivo todos os dias com os instintos que provavelmente causariam este tipo de destruição moral e cívica, caso o apocalipse chegasse em forma de "treva branca".

Mas apesar de saber que os homens são, por natureza, destrutivos exatamente assim, gostaria de sugerir uma leitura alternativa, para mostrar que nem tudo são flores quando o apocalipse deixa as mulheres no comando.

"Y: The Last Man" é uma longa série em quadrinhos que mostra o que aconteceria em um mundo onde, em poucas horas, todos os machos de todas as espécies, caíssem subitamente mortos. Com exceção apenas de um jovem garoto e seu mico de estimação.

A série já foi lançada em português pela Editora Devir e vale a pena em ser lida.

As conseqüências de um mundo reduzido ao estrogênio podem não ser tão graficamente explícitas como àquelas contadas por Saramago e Meirelles, mas já adianto que nem por isso deixam de causar um incômodo nó na garganta de quem tem um mínimo de carinho pela humanidade e por aquilo que fazemos de melhor, mesmo sendo, todos nós, no fundo, no fundo, uma grande podridão pintada de ouro.

quinta-feira, setembro 18, 2008

Sobre um Colchão (embora não fisicamente)

Andava eu com um colchão nos braços.
Segundo as leis da "Randômica", os fatos aleatórios propensos a acontecer em qualquer dia são absolutamente impensáveis e desprovidos de maiores explicações. Aceitemos, assim, as coisas como elas são e tiremos proveito delas para ao menos sorrir.

Levando isso em consideração, andava eu com um colchão nos braços.
Estava em um bairro residencial, cheio de casinhas, algumas simples e outras um tanto mais elaboradas. Há até mesmo um cortiço nesta mesma rua, logo de frente à padaria que vende sanduíche de pernil aos sábados. Vizinho à padaria, há o mecânico que me ajudou quando cheguei na cidade com um parafuso quebrado na bandeja de sustentação da roda dianteira esquerda do meu carro.

Assim, andava eu com um colchão nos braços.
Na rua de baixo, pelo dia ser quinta, instala-se a feirinha que exala o odor de pastel e caldo de cana característicos. Curiosamente, todas as quintas, passo ainda por uma outra feira que acontece no caminho que faço diariamente. Um segunda feira todas as quintas-feiras.

Mas o que importa é que andava eu com um colchão nos braços.
Uma amiga que está se casando nesta semana me pediu o colchão, para poder hospedar mais parentes em casa. Embora diga o ditado que "quem casa, quer casa", quem precisa de casa nesse casório são os parentes. A noiva, no caso, embora casando, estava com problemas para passar adiante a casa antiga, mas esqueci de perguntá-la se isto já está resolvido. O caso da casa que sobrou no casório. Curiosamente, a casa, no caso, é um apartamento.

Voltando ao assunto: Andava eu com um colchão nos braços.
Não deve ser um visão muito comum. É algo que naturalmente chama a atenção dos transeuntes. Todo o meu trajeto com o colchão não é maior que o de duas quadras, mas, por ser dia de feira, quinta, haviam mais pessoas pela rua do quem em qualquer dos outros dias da semana. Também pelo dia ser de feira seria a razão pela qual estaria aquela senhora pedinte por ali, quando lhe cruzei o caminho e, obviamente, lhe chamei a atenção.

- Dá pra mim esse colchão? - disse ela.

Embora ela provavelmente precisasse do colchão mais do que eu e do que os parentes de minha amiga noiva, eu não poderia dar-lhe por 3 razões:
1) Havia prometido emprestar o colchão.
2) O colchão nem é meu, mas de minha avó, que me emprestou o dito cujo quando vim para a cidade, uma vez que a cama que hoje uso era ocupada por outra pessoa àquela época.
3) Eu não queria dar o meu colchão (da minha avó) pra ela.

A razão n.1 era um tanto elaborada e me deu preguiça de explicar. A razão n.3 era mesquinha demais e qualquer pessoa com um mínimo de vergonha, jamais diria isto à tão necessitada velhinha. A razão n.2, portanto, me pareceu um bocado apropriada para a ocasião, e nem precisaria mentir, o que é sempre louvável.

Toda esta reflexão levou aproximadamente 3 segundos, que foi o tempo que levei para responder-lhe:

- O colchão não é meu. Não posso lhe dar o que não é meu.

E ela me responde, com o sorriso mais honesto que a sua boca sem dentes (ou quase) poderia me dar:
- Claro que pode... O tempo todo, as pessoas me dão o que não é seu. Hoje mesmo me deram uma banana, que não era sua, ali na feira.

O meu tropeço na calçada foi apenas uma expressão física do tropeço no meu raciocínio. Estaria eu às voltas com um enigma digno de Malba Tahan? Ou uma pegadinha de programa de auditório? Ou ainda uma questão capaz de corromper o próprio tecido do espaço-tempo contínuo? Seria a velhinha a personificação humana do acelerador de partículas LHC?

Ao pensar brevemente sobre o assunto, percebi que a filosofia semântica das sábias palavras curiosas da velhinha. Pondo em cheque o meu direito de propriedade e poder de decisão sobre o futuro do colchão, a pobre senhora levantou uma outra questão: A questão entre a ética e a honra.

Ético seria dar o colchão à velhinha enquanto honrado seria eu cumprir a minha palavra e emprestar o colchão à minha amiga.

Infelizmente as obrigações da vida fazem com que passemos por cima das questões mais importantes acerca dos mistérios do mundo. Já era tarde e eu não poderia me atrasar para o trabalho, inclusive porque no dia anterior eu havia sido advertido sobre atrasos. Sendo assim, na obrigação de lidar com a situação o mais rápido o possível, fiz o que me pareceu mais funcional naquele momento: Apenas sorri para a velhinha e dei de ombros, como quem dissesse "pode até ser, mas esse colchão você não leva".

A velhinha não me achou digno nem mesmo de uma expressão facial como resposta. Virou as costas e seguiu o seu caminho. Da mesma forma segui eu o meu, sem jamais saber com que tipo de mente brilhante eu poderia ter travado um diálogo inesquecível.

Logo adiante virei a esquina e segui pela calçada, onde andava eu com um colchão nos braços.

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segunda-feira, setembro 15, 2008

Sincronicidade Ascensorial em Chuva Média

Gostaria de poder contar uma história inacreditável sem fazê-la parecer... bem...
inacreditável...

É um relato real, mas que jamais poderá ser provado. Algo que soa ridiculamente improvável Um acontecimento que não é grandioso, tampouco significativo. Um fato sem conseqüências consideráveis, plenamente hermético, cuja importância se encerra no própria duração do ocorrido.

Um causo sem essência ou significância, mas cuja característica inusitada faz dele algo absolutamente peculiar, embora inexista explicação para tamanho paralelismo.

É certo que as lendas possuem em sua essência a dualidade da realidade e da ficção. Deixa-se de ser importante, assim, a factualidade do caso, e leva-se em conta a tal "moral da história".

Moral esta que esqueceu de se apresentar no descrito abaixo.

O detalhismo talvez seja a única forma de buscar um mínimo de veracidade para uma coincidência tão absurda de eventos.

Descrevo, portanto, o praticamente intangível caso da "Sincronicidade Ascensorial em Chuva Média".
Chovia quando toquei o interfone. Uma chuva constante, nem garoa, nem tempestade. Era uma chuva normal. Passava das 23h do sábado quando me disseram que eu podia subir. O elevador era no segundo bloco, e precisei me molhar um pouco mais antes de entrar no saguão do edifício. Apertei o botão do elevador, mas ele já estava descendo. Quando o ouvi chegar resolvi esperar alguns segundos antes de puxar a porta. Tenho sempre o receio de que pode haver um passageiro com pressa, que poderia abrir a porta com uma força suficiente para me machucar. Devo ter esperado pouco mais que dois segundos quando resolvi abrir eu mesmo, presumindo que estava vazio.

Nos sobressaltamos os dois. A moça estava quase tocando a porta quando a abri. Ela deu um pequeno pulo, e eu disse o que sempre acabo dizendo: "Opa!"

Houve aquele sorriso constrangedor, envergonhado, de ambas as partes. Creio que, assim como eu, ela também tenha rapidamente desviado o olhar (não pude ver, pois eu já olhava para meus tênis molhados) e tão logo pudemos, recobramos a compostura e retomamos nossas direções. Eu adentro, ela afora.

Apertei o 15º e pude ouvir, junto com a porta se fechando, o toc-toc dos saltos dos sapatos dela, que se tornaram plosh-plosh tão logo ela pisou fora do edifício.

É formidável o número de pensamentos que ocorrem durante um trajeto de 15 andares. Enquanto eu olhava no espelho da parede do fundo do elevador cutucando um cravo crônico na maçã direita do meu rosto, pensei no quanto era curioso o fato de eu estar fazendo uma visita informal à uma amiga, depois de trabalhar durante todo o sábado, vestindo tênis, jeans, camiseta e casaco de zíper, todos um bocado molhados, num fim de noite de sábado, enquanto a moça saía para passear num vestido preto elegante, com sapatos de salto da mesma cor.

Presumo que ela tenha ído de taxi ou carona, pois se fosse dirigindo teria certamente descido em outro andar. Não acho que tenha ído à pé também, pois a chuva inibiria uma caminhada até mesmo ao barzinho mais próximo, que fica à umas 3 ou 4 quadras dali. Sem contar o fato de que mulher alguma se dá ao luxo de molhar os cabelos antes de chegar ao destino, como bem prova o economicamente ativo comércio das chapinhas.

Fui interrompido de meus pensamentos pelo baque da chegada do elevador ao 15º andar. Desisti também do cravo.

A visita não foi muito breve. Houveram ois, sorrisos, risadas, sobrancelhas erguidas e algumas cerradas, que horas depois foram sucedidos por bocejos e piscadelas mais longas. Já era por volta das 3 da manhã de domingo quando vieram os tchaus e os até mais.

Apertei o botão do elevador, trocamos mais alguns comentários conclusivos no hall e quando o ouvi chegar, aguardei os mesmos aproximadamente dois segundos antes de abrir a porta. Na ausência de qualquer movimento atrás da porta, a abri e dei com um rapaz lá dentro. Nada demais, era apenas o mesmo rapaz com o cravo crônico de antes: eu mesmo no espelho.

Aperto o térreo e desta vez apenas encosto de costas no espelho. Nada de cutucar meu rosto. Já estava tarde e passei todos os 15 andares pensando na chuva e no quando eu ainda teria que andar sob ela até chegar em casa naquela noite.

Quinze andares depois, sinto o baque da chegada.

Da mesma forma que costumo esperar alguns segundos para adentrar o elevador, costumo fazer o mesmo ao sair dele. Penso que alguém possa estar com a mão na maçaneta, ansioso para entrar no elevador, mas que num momento de distração poderia se machucar quando eu empurrasse a porta.

Passados os segundos costumeiros, abro a porta e mais uma vez meu primeiro instinto é o de dizer o absolutamente desnecessário: "Opa!"

A mesma mulher se sobressalta da mesma forma quando eu abro a porta. Algo como um evento que é primo distante do déjávu.

Mais uma vez houveram sorrisos constrangedores, envergonhados, de ambas as partes. Creio que novamente, assim como eu, ela também tenha rapidamente desviado o olhar para seus sapatos de salto molhados.

Pude perceber que embora voltasse sozinha, ela se cobria com um casaco bege masculino. Provavelmente emprestado por algum homem preocupado (talvez mal ou bem intencionado), que protegia-lhe o vestido, mas não o cabelo, já um tanto revoltado.

A porta ainda se fechava quando impulsivamente me percebo dizendo em voz alta: "De novo?". E antes dela se fechar completamente pude ouvir uma risada curta, reconhecendo a ironia neste inútil acidente.

E tão logo pudemos, recobramos a compostura e retomamos nossas direções. Eu afora, ela adentro.

Embora a chuva tivesse aumentado, eu tinha um sorriso inexplicável no rosto. Tão inexplicável quanto a sincronicidade ascensorial em uma noite de chuva média.

Realmente me pergunto se estamos mesmo sozinhos.

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sexta-feira, agosto 29, 2008

No Japão, faça como os...

Procrastinável

Muitas vezes eu não consigo acabar aquilo que eu come
Não sei o motivo, mas acredito que possa ser a enor
Ou não, pode na verdade ser uma ques
A verdade é que às vezes começ
Um dia vou ter que termin
Não é saudável agir as
Isso precisa ac
De algum je
Senã
Fu

1001N8

Em muitos idiomas, a palavra noite é formada pela letra "N" mais o número "8" (ou algo muito parecido com ele):

Português: noite = n + oito
Inglês: night = n + eight
Alemão: nacht = n + acht
Espanhol: noche = n + ocho
Francês: nuit = n + huit
Italiano : notte = n + otto
O kanji (simbolo oriental) para a palavra noite, tanto em chinês como em japonês, é feito com oito riscos.

A letra N é o conjunto dos números naturais, de 0 ao infinito, e o 8 deitado também simboliza infinito. Segundo a numerologia o oito é o número da sabedoria e da matéria.
"O Logos, o poder criativo do Universo. O equilíbrio dinâmico entre o masculino e o feminino. O portal através da qual uma vida entra no mundo. A existência depois da morte. O infinito. A regeneração. A passagem do que é contingente (encarnado) ao que tem validade eterna."
...a passagem do que é encarnado ao eterno??

Estaria na etimologia de noite a explicação para o comum medo da escuridão? Ou seria essa apenas a nossa dependência natural do mais desenvolvido dos sentidos, à visão, que durante à noite funciona mal e porcamente?

Tudo isso me leva à pergunta derradeira:
"Teriam os cegos medo do escuro?"

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quinta-feira, agosto 28, 2008

Diga Tchau, Lilica...

Há um bom tempo eu escrevi sobre o "Adeus" aqui:
"Adeus, Adiós, Adieu, Addio, Godspeed...
A derradeira e definitiva palavra de despedida revela, até no pior dos casos, um quê de clemência.

Algo como: Te entrego a Deus e lavo minhas mãos pois, de agora em diante, não estarei mais ao teu lado.

Pelo menos nisso, até os menos religiosos haverão de concordar."
Olá amiguinhos,
Hoje a nossa aventura é com o "Tchau!" e nós vamos descobrir de onde surgiu este termo tão comum no nosso dia-a-dia. Não é super legal?

Era uma vez um garotinho chamado Dudu que estava na 2ª série e fazendo a sua provinha bimestral de redação. Tudo ía bem e a historinha que ele contava ía realmente muito bem, com todos os acentos e vírgulas nos seus lugares.

Quase no fim, ele sentiu que precisava usar uma palavrinha para fechar o texto. Era uma palvrinha de despedida, que usamos todos os dias, mas que ele nunca havia escrito antes. Como era uma prova, Dudu não podia perguntar para a professora como se escrevia esta palavrinha um tanto estranha, e portanto tentou a sorte: T-I-A-U!

A nota foi 9,5.
Não é supimpa?

Não, né!
O problema, é que como todos sabemos, tchau se escreve assim e isso custou meio ponto na prova de redação de Dudu... Esse mundo não é completamente biruta?

Essa palavrinha safadinha que usamos na nossa língua portuguesa maluquinha (que nem deveria se chamar portuguesa, pra começar). vem do italiano Ciao (que todos sabemos serve como oi e... dã... tchau), mas tem a sua origem na era medieval.

Ciao é uma acomodação lingüística da palavra schiavo, que quer dizer escravo, mas no sentido de servo. Era usada amigavelmente na expressão "Sou Seu Servo", durante as despedidas.

Não é demais?
Eu me diverti a valer, e vocês?

Outro dia voltaremos com novas aventuras!
Um grande abraço no coração de vocês!

Tchau, Lilica!

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"É... Tipo... Fui eu!"

Há pouco mais de 2 meses a revista Piauí publicou um conto de um(a) escritor(a) anônimo(a), entitulado "O Porco".

É um conto estranho, escrito à estranha maneira de Clarice Lispector.
Com isso, a revista fez um desafio e uma pequena gincana: Quem nomeasse corretamente o autor da obra, ganharia uma assinatura anual desta badalada revista literária.
Um mês depois, veio a nova edição.
Curiosamente, ninguém acertou. Dezenas de leitores escreveram à redação com palpites. O mais votado foi Luis Fernando Veríssimo, seguido de Millôr Fernandes. Houve até quem achasse que o texto era da lavra de horoscopistas profissionais como Arnaldo Jabor.

Como ninguém descobriu o dono do tal conto, eles deram umas dicas.
"O Porco não é inédito. O autor(a) seria um Onésimo (na gnomonia de Ovalle). Na virada dos anos 50, a figura combateu encarniçadamente o exército do pará nas areias e boates de copacabana. Sobreviveu e, algo capenga, ainda anda por aí."
Whatever that means...
Até me arrisquei a tentar descobrir, fuçando no Google e tal, mas então lembrei que não sou um literato erudito e desisti.
Aí veio a edição desse mês e pimba! Alguém acertou...
O ganhador até pode ter levado a assinatura, mas a vitória foi meio agri-doce. Bastante inclusive. O ganhador se chama Ivan Lessa e acertou na mosca quando disse que o autor da obra foi Ivan Lessa. Parabéns a ele por ter acertado que foi ele.

Embora seja o grande vencedor, é uma pena que ninguém se lembre do seu conto, ou de que foi ele quem o escreveu. Bacana, não?
Não...

No fim das contas, ficou além do sabor agri-doce, um retrogosto de marmelada. Porque oras, se o vencedor teve o texto publicado na revista, isso não aconteceu sem que ele soubesse. Mais ainda, o autor é colaborador habitual da revista. Esta informação privilegiada desqualifica, na minha humilde opinião, todo o valor do concurso, mesmo sendo ele tão irrisório.

É claro que os competidores (entre os quais me incluo) também se desqualificaram ao não conseguir em 2 meses levar o prêmio.

Ou seja, entre mortos e feridos, não se salvou ninguém.

quarta-feira, agosto 27, 2008

Ma? They think we're great!


Para mim, começou quando assisti o filme "Once" (Apenas Uma Vez, 2006)

O filme é um daqueles contos de fadas urbanos, que sai com você do cinema através da canção que fica como um bichinho no seu ouvido e vai infectando a sua vida real, fazendo com que você cantarole a música vencedora do Oscar de melhor Canção com mais freqüência do que normalmente faria com outras músicas que gosta.

A história do filme é: Ele é um talentoso músico, que ganha a vida com seu violão nas ruas de Dublin e ajuda o pai em uma loja de aspiradores de pó. Ela é tcheca que anda pelas mesmas ruas, vendendo rosas para sustentar sua família e tem o piano como hobby. O acaso fez com eles se encontrassem e a paixão pela música fará com que eles vivam um relacionamento tão realista que até assusta.

O ator principal é Glen Hansard, líder do "The Frames", que é a banda irlandesa real por trás do filme. A grande maioria das músicas em cena são deles.

Mas tudo isso é apenas a introdução sobre o que eu realmente queria falar.
Eu queria falar sobre isso aqui: MP³

Mais especificamente sobre o que acontece aos 8:29...

É um show em Chicago, num festival imenso. Durante uma de suas músicas mais profundas e tocantes, lá pelo finalzinho, você pode ouvir o vocalista:

"Ei Mãe, eu tô no meio de Chicago, nesse parque imenso e as pessoas estão cantando minha música, mãe... É brilhante! A gente tá se sentindo super famoso!"

Eu particularmente senti um tremendo espírito de "sobem os créditos", sabe?
Quando tudo deu certo apesar dos pesares e que agora está tudo bem e que o mundo pode ser mesmo um lugar legal, onde coisas fantásticas realmente acontecem.

Como a fantasia tende a superar a realidade, o que houve foi que ele apenas, bem... Você pode ver ali em baixo.
Quando ouvi essa apresntação pela primeira vez, só com o som, não pude ver exatamente o que ele estava fazendo, por isso acreditei.

Mesmo assim, a dura realidade não conseguiu me tomar o sentimento de otimismo.

Não sei se esse pequeno acontecimento realmente merecia toda essa explicação, mas se a gente não valorizar as pequenas coisas de todo dia, e deixar isso apenas para as grandes que vêm de vez em quando, acredito que estamos realmente perdendo muito tempo entre uma coisa grande e outra.

É o que me parece, pelo menos...


Aqui acontece aos 9:29.

terça-feira, agosto 26, 2008

El Niño y la Hambre

En Cuba, un niño regresa de la escuela a su casa, cansado y hambriento y le pregunta a su mamá:
- Mamá, ¿que hay de comer?
- Nada, mi hijo.
El niño mira hacia el papagayo que tienen y pregunta:
- Mamá, ¿por qué no papagayo con arroz?
- No hay arroz.
- ¿Y papagayo al horno?
- No hay gas.
- ¿Y papagayo en la parrilla eléctrica?
- No hay electricidad.
- ¿Y papagayo frito?
- No hay aceite.

El papagayo contentísimo gritó:
- ¡¡¡VIVA FIDEL!!! ¡¡¡VIVA FIDEL!!!'

segunda-feira, agosto 25, 2008

A Estática Estética Aureolar da Manequin

Creio ser uma coisa dos novos tempos. Provavelmente é um problema apenas para os mais puritanos, que já não têm bem um lugar em um mundo despudorado. Ainda assim me surpreendeu por alguns segundos, antes de eu perceber que no fundo, tudo faz sentido.

Pensei comigo:
Por que ali, naquela vitrine, aquele manequin feminino tem auréolas nos seios? Mais do que os bicos bem delineados, esculpidos delicadamente, ela tem as auréolas de um tom levemente mais escuro que o resto do seu corpo. O rosto é desprovido de olhos, boca e demais orifícios, e não seria estranho se até a cabeça lhe faltasse. Tudo bem, não há a fenda na virilha, mas também não há cabelo e faltam-lhes os dedos das mãos e dos pés.

Mas por que tamanha preocupação então, com estes seios que estou vendo hoje?

Bastaram alguns segundos para que a resposta se desfraldasse com tamanha eloqüência que me fez sorrir sozinho, no meio da rua.

Não chego a dizer que foi por esse motivo que houve tamanho cuidado com esta parte especial do desenho da manequin, mas me parece ser uma razão suficientemente concreta para justificar este nível de detalhamento.

Elementar.
A resposta está no fim da pergunta.
Hoje, diferente de outrora, a transparência de uma blusa é opcional. Pode inclusive ser o diferencial de uma peça. No despudorado admirável mundo novo, há aquelas (e não apenas poucas) que se sentem mais do que confortáveis em exibir seus mamilos, para a alegria de homens que já não se contentam com seios à mostra publicamente apenas às vesperas das Quartas-Feiras de Cinzas.

Hoje, portanto, manequins despudoradas exibem publicamente seus mamilos graciosos à moças despudoradas que gostariam de exibir publicamente seus próprios mamilos aos homens despudorados que possuem pouco sangue para oxigenar igualmente o corpo todo.

Pobres das manequins que, imóveis e caladas, têm seu corpo prostituído publicamente, sem nenhuma ONG para defendê-las.

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sexta-feira, agosto 08, 2008

Been there...


...na verdade já estive nas duas posições masculinas desta imagem.
Muito triste isso...

quinta-feira, agosto 07, 2008

Hurts like a bitch!


...been there too!

Fundamental... Imprescindível... Mas se for dar trabalho, deixa...

Hmmm...
E se eu escrevesse sobre o...
Não.

E se fosse uma piada?
Mas tinha que ser uma boa.
Acho que vou deixar a piada pra depois.
Melhor recomeçar com algo mais interessante.

Mas o quê?
Faz mais de ano que não escrevo nada aqui.
Nem sei porque resolvi voltar a escrever.
Mistura de preguiça com falta do que dizer.

Ah já sei, acho que eu vou...
Ei?
Já tá valendo?
Agora deu vergonha...

quinta-feira, maio 18, 2006

OrkU2

Estou lançando a campanha "Foto no Show do U2 no álbum do orkut, já!"
Não vai ser muito difícil, boa parte dos meus contatos do orkut já tem pelo menos uma.

Só não sei se eu vou aderir...
Eu levo essa coisa de orkut meio à sério. Tenho uma reputação à zelar.
Uma reputação estranha, mas ainda assim uma reputação verdadeira.

Até estou levantando uma grande lista com os nomes das melhores comunidades que eu já ví por lá, mas não vou ficar entrando nelas só por que acho bonito. Já tem muita gente que faz isso, não é? Se você tem orkut, provavelmente tem uma comunidade ridícula no teu perfil.

Me afilio apenas às que realmente tem alguma coisa de concreto na minha vida (apesar de achar que talvez o Willy Wonka seja sim a Rita Lee, concordar que os Tiranossauros deveriam ter sérios problemas de higiene pessoal e que, pensando bem, não me lembro de algum dia já ter terminado uma borracha.)

Agora vá lá e confira quantos de seus conhecidos têm fotos no show do U2.

Citius, Altius, Fortius

Gameiro!

A etimologia do meu sobrenome é muito interessante, embora levante algumas questões que são simplesmente melhor preservadas na ignorância popular (principalmente naquela dos meus amigos mais maliciosos).

Desta forma, acho mais conveniente subverter a realidade e moldá-la à meu bel prazer.

Partamos, assim, da simples idéia de que este nome singular deriva do termo norte-americano "Game" (ou "Jogo" em bom português). Me parece especialmente apropriado que meu nome de família provenha de algo tão particular.

Afinal, realmente concordo que o importante é competir; não há outro caminho para ganhar.

O termo jogo se origina do latim: Jocu, que significa gracejo. Em inglês, provém do gótico: Goman, ou companhia. Segundo Aristóteles, o jogo é uma atividade que tem seu fim em si mesma. É exercida pelo prazer de exercê-la e não pelos efeitos que pode gerar. O que provavelmente explica a também célebre idéia de Millôr Fernandes de que o xadrez é um jogo chinês muito interessante, que aumenta exponencialmente a sua habilidade de jogar xadrez.

O xadrez demonstra ainda algo muito importante acerca de jogos em geral:
É impossível ganhar um jogo de xadrez de maneira honrada. Nunca um homem disse cheque-mate em um tom que deixasse de soar de forma amarga, orgulhosa ou maliciosa.

No entanto, existe humildade no jogo. No de futebol, por exemplo, existe na entrevista do jogador:

- A gente estamos aí é pra somar e não pra dividir e se Deus quiser, graças a Deus, vamos esperar o professor dar uma oportunidade pra mostrar o nosso futebol.

... que por algum motivo se refere-se a si mesmo, na sua pessoa, no plural.
Mas não é sempre que existe humildade:

- A gente fomos prejudicados no jogo passado pelo juiz. Ele devia ter levado o jogo até os 48 do segundo tempo, mas terminou o jogo aos 47 do segundo tempo, se não fosse isso, a gente teríamos vencido.

Goleiro normalmente não fala muito, porque está sempre, misteriosamente, arfando de mais pra dar entrevista:

- Foi muito bom o jogo.. arf arf arf.. conseguimos uma vitória importante.. arf arf.. vamos treinar... para o próximo jogo agora.. arf ..arf ..arf para mantermos a boa fase...

Os jogos, todavia, por vezes demonstram influência em outros aspectos da realidade, por exemplo como quando certa vez fui comprar gibis na banca com dinheiro do Banco Imobiliário.

Existem competições esportivas que se caracterizam por suas ideossincrasias, como é o caso do incômodo barulho provocado por um jogo de truco ou das brigas conjugais causadas por uma partida de Imagem & Ação. Há ainda a lenda de que a Guerra dos Cem Anos tenha sido provocada pelo desfecho inesperado de uma partida de Pif-Paf, embora haja controvérsia.

Em resumo, gostaria de dizer que apenas poucas coisas na vida não podem ser facilmente resolvidas pressionando Esquerda, Direita, Baixo, Cima, A e B juntos. Até mesmo quando é necessário conquistar a Europa, a Oceania e um terceiro continente à escolha.

...e rumo ao Hepta.

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quarta-feira, maio 10, 2006

Deus Ex Murphy

Exatamente quando as coisas mais complicadas se resolvem facilmente (Deus Ex Machina), as coisas mais simples se tornam as mais complicadas de se resolver (vide Lei de Murphy, parágrafo 1°/ artigo 2°).

terça-feira, abril 18, 2006

Barbárie Global

Domingo à noite é hora da deprê.
Principalmente pra quem vê o Fantástico até o fim.

Tem a aparição da Glória Maria (vestida de Redentor, como sempre), desejando para todos uma semana Bárbara!

Vai se fu***, dona Maria!

Vai que ela acerta e durante a semana começa a aparecer homem peludo com capacete de corno e espada na mão; todos vestidos de tapete de banheiro e cortando cabeça por aí.

Já não basta ser segunda, ainda tem que aturar essa Glória, Glória, Aleluia desejando a Idade Média de volta.

Vai fumar orégano pra lá, macumbeira.

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terça-feira, março 14, 2006

4 8 15 16 23 42

LOST é bom bagaraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai!
Mais! Mais! Mais!

Como assim?
Acabou o episódio?
Uma semana pro próximo?
GAAAAAAAAAAAAHHHH!
Arf! Arf! Arf!

*Eduardo se recolhe em posição fetal*

sábado, março 04, 2006

Pluralidade Singular

Não é novidade nenhuma dizer que hoje é dia é preciso saber um pouco de muito e muito de um pouco.

Mas também não custa nada dizer mais uma vez, já que parece que algumas coisas não foram ditas o bastante para serem entendidas o suficiente.

quarta-feira, março 01, 2006

Dreaming of Another Life

Asleep as he was, he could not recognize the revelation beyond his closed eyes, for he only later discovered that he could be as good as an olympic running athlete as he was a filmmaker he was not, at least yet...

...but this was only in another realm.
One he could only see with his eyes shut, wide shut.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Deus sem religião é Deus. E a religião? Sem Deus é o quê?

Adeus, Adiós, Adieu, Addio, Godspeed...
A derradeira e definitiva palavra de despedida revela, até no pior dos casos, um quê de clemência.

"Te entrego a Deus e lavo minhas mãos pois, de agora em diante, não estarei mais ao teu lado."

Pelo menos nisso, até os menos religiosos haverão de concordar.

O que me leva ao assunto em questão:
Como tratar religião sem ser pragmático, piegas, fanático ou, principalmente, religioso?

Dan Brown fez isso de uma forma bem interessante em seu "Código DaVinci". O tema é religião, mas Deus não faz nenhuma ponta na narrativa. Deus não influi na história diretamente. As pessoas que acreditam Nele, sim. Mas nada místico ou inexplicável acontece. E aí está o grande mérito do livro, em minha humilde, mas sincera opinião.

Meu projeto cinematográfico pessoal mais recente envolve este conceito. A história de um cara que inspira a fé nos outros, embora não acredite em Deus.

E já adianto: ele não se converte no final.

Não é sobre isso e não é uma propaganda de igreja. É um relato sobre como é viver no mundo onde a maioria das pessoas acredita em um poder superior e transcedental. Como isso afeta a vida de alguém que simplesmente ignora o fato de haver ou não um ser todo-poderoso, criador do céu e da Terra.

Nem tão breve, nos cinemas.

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Planta Também é Gente

Um casal de velhinhos japoneses me surpreendeu hoje.
Estavam abraçando árvores na frente de uma lanchonete.
Coisa oriental, acredito eu.

O curioso é que a comida da lanchonete até que é bem saudável.
Talvez haja algum sentido misterioso nisso. Também oriental, provavelmente.

E apesar de todos estes sinais, a única coisa que passou pela minha cabeça na hora foi:
"Estas árvores estão de acordo com esta demonstração pública de afeto? Esta obscenidade não seria uma forma dos velhinhos se aproveitarem das indefesas árvores?"

Alguém precisa fazer algo contra os abusos cometidos contra a natureza.
Amar o verde é uma coisa, mas é preciso limites.

Quer demonstrar amor às plantinhas?
Vá se filiar ao PV, oras...

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São Creine

Ó São Creine, dai-me forças para fazer um filme premiado. Um filme premiado e não menos que isso. Um filme premiado e bom. Um filme com mestrado em Prêmio. Premiado tipo ninja. Premiado tipo ninja faixa-preta premium do campo secreto da academia que fica em Monte Premius. Um filme que talvez se chame Prêmio, pra combinar com os prêmios. Ou que a premissa seja um prêmio qualquer. Ou que o protagonista ande num Fiat Prêmio. Ou não. De preferência não. Que seja um Philme, porque começa com P, de Prêmio. Mas, que acima de tudo, seja premiado com o Prêmio de Melhor Prêmio no premiado Festival de Prêmios em Premiolândia. É isso. Obrigado São Creine. Amém.

Seria uma ótima oração para antes de dormir, se alguém dormísse no Sítio São Creine.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Era da Desinformação II

Semana passada, acho que o Jornal Hoje causou uma demissão.
Uma pobre doméstica, inocente, deve ter perdido o emprego. Quase certeza.

Investigavam um laboratório de remédios ilegal.
O lugar onde deveria funcionar a empresa tava abandonado. Foram até a casa do dono. Só a diarista em casa. Câmera escondida. Papo vai. Papo vem. A mulher entrega o jogo.

"É sim... Tá cheio de caixa aqui... Remédio... De vez em quando um caminhão passa aqui pra pegar ou deixar mais."

Se tivessem colocado a câmera na cara dela e falado: "É pra Globo! Reportagem de laboratório ilegal. Conta mais aí do teu patrão", duvido que ela tivesse aberto o bico.

Mas não... Imagina... O repórter foi atrás da verdade. Nua e crua. Doa a quem doer. Doeu sim... No bolso dela, que deve bancar o marido desempregado, a irmã, o cunhado e os 7 filhos no barraco onde mora de favor, com o dinheiro que ganha fazendo faxina na casa do safado do patrão dela.

Trabalho honesto.
Diferente do repórter, que pra mim, é tão sujo quanto o bandido que vende remédio ilegal.

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terça-feira, janeiro 31, 2006

O Senhor dos Celulares: A Disléxica Batalha do Celução de Prodular

O mundo do filme mudou.
Muito do que já foi no roteiro, está perdido,
pois não mais existe um roteirista que o lembre.
Roteiro se tornou argumento.
Argumento se tornou sinopse.
E algumas coisas de arte,
que não deveriam ter sido esquecidas
foram perdidas (não se sabe por quem).

Apenas um antigo verso permanece:

Dois Celulares para os Reis-Diretores sob este celeste céu,
Um para os Assistentes-Anãos em seus intocáveis computadores,
Dois para os Produtores Mortais, fadados ao inexistente sono,
Um para a Senhora do Ouro em seu dourado trono.
Na Terra de Zencrane onde nem as sombras se deitam.

Um Celular para todos governar, Um Celular para encontrá-los,
Um Celular para a todos trazer e na película aprisioná-los.
Na Terra de Zencrane onde nem as sombras se deitam.


E tudo o que se ouve é a voz de Elencóllum, outrora conhecida como Grazmígou, que tendo perdido seu celular, vaga pelos corredores da Terra de Zencrane sibilando:
Mai Préchius... Mai Préchius...

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Estufa, Planetinha! Estufa!

Astrônomos descobrem um novo planeta semelhante à Terra

SANTIAGO, 25 jan (AFP)
Um novo planeta com características similares às da Terra foi descoberto por um grupo de astrônomos. O novo planeta foi batizado de OGLE-2005-BLG- 390Lb e orbita em torno de uma estrela vermelha com cinco vezes menos massa que o Sol, localizada a uma distância de 20.000 anos-luz, não muito longe do centro da Via Láctea. A semelhança do planeta com a Terra se dá principalmente no tamanho e na composição. O OGLE se encontra a uma distância de sua estrela três vezes maior que entre a Terra e o Sol e leva 10 anos para fazer seu movimento de translação. A temperatura de sua superfície beira os 220°Celsius negativos e...

peraí...!

Tudo bem que na China chegou a -50°, mas -220 é sacanagem...
Talvez finalmente a idéia de aquecimento global sirva de alguma coisa, pelo menos lá em Ogle.
"Ogleanos, viemos em paz! Leve-nos ao seu líder ou ao CyberCafé mais próximo. Preciso ver meus e-mails..."

2x3, 5+1, 9-4... opa... esse não!

Só pra constar.
Globo fazendo relação entre 2006 e o pretendido Hexa:
"Galvão, eu já sabia!"

...e me dá meia dúzia de plim-plim!

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Lady Murphy

É melhor o Murphy entrar num programa de proteção à testemunha... Porque se eu pego esse safado na rua, viro ele do avesso de bolacha!

Isso não é uma ameaça. É um aviso.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Gritos ao Léu

"Porque não é certo gritar 'fogo' em vão em um cinema lotado enquanto é certo gritar 'câncer' nas páginas das revistas, quando não é verdade?"
Michael Crichton
Ou "ladrão", quando não se sabe se é verdade...

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Onde Estou?

Eu sem minhas pernas, ainda sou eu.
Sem meus braços ainda sou eu.
Com o coração de outro no meu peito, provavelmente ainda serei eu.

Conseqüentemente sou, desta forma, apenas minha cabeça.

Mas não seria isso principalmente porque as mais importantes formas de interação com o mundo se localizam na minha cabeça também?

Meus olhos, ouvidos... Eu sou minha cabeça mais por causa deles do que pela minha dependência de meu cérebro para viver.

Temos a impressão que estamos atrás de nossos olhos e entre nossas orelhas, e por apenas uma formalidade lógica, ali também está nosso cérebro.

Mas onde está então um cego surdo? Alguém que vive em função do tato.
Estaria em seu corpo inteiro? Seria esta pessoa realmente plena de seu corpo? Perder um membro para alguém assim não seria mais catastrófico do que perder um olho para alguém que enxerga e escuta.

Então se a questão é relativa em cada caso, dependendo das particularidades de cada um, qual seria nosso real cerne?
Afinal, onde estamos dentro de nosso próprio corpo?

quinta-feira, novembro 24, 2005

Rinite Carnívora

Minha rinite tá me devorando.
Toda vez que eu espirro, coisa que acontece de 10 em 10 minutos (ou 10 em 10 segundos nas crises) eu mordo um pedaço do lábio, língua ou bochecha.

E dói!

Será que isso só acontece comigo ou todo mundo que espirra muito vive comendo a própria boca?

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terça-feira, novembro 22, 2005

Sem Carteira

Quando eu crescer quero ser igual ao tio Marcos Jorge:
sair por aí dirigindo um filme conversível.

segunda-feira, novembro 21, 2005

Utilidade Pública

Bipolar não é um grande urso branco que corta pros dois lados.

Só pra constar.

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Futebol Bom é Futebol Chato.

Com a chegada das últimas rodadas do Brasileirão de Botão, a situação já se encontra bastante definida sobre quem leva o caneco e quem cai pra segundona.

O Pijamas Futebol Clube demonstrou mais uma vez a sua superioridade ao ganhar de 7x1 do União Bolso Esquerdo, deixando-0 em penúltimo colocado, somente na frente do Clube de Regatas Pendurados por um Fio.

Faltando apenas uma rodada para o final do campeonato, o Flanelão, como prefere a torcida do Pijamas, segue na 1ª colocação, somente 2 pontos à frente do 2°colocado, o Quatro Furos Paulista, este último que promete virar a mesa antes do fim da competição. Os dois times se enfrentam nesta última rodada, no que muitos já chamam de jogo do ano.

Assim podemos esperar uma linha de ataque eficiente em ambos os times, com os titulares jogando redondo, uma vez que os goleiros de ambos os times são famosos por serem meio paradões.

Logo mais você pode acompanhar mais notícias sobre o campeonato no programa Mesa Quadrada, apresentado por Palheta Palhares.

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Super

Tratando-se de quadrinhos, sempre tive no Homem-Aranha o meu preferido.
Provavelmente é uma coisa de identificação pessoal com a história de um jovem nerd que se descobre dono de um poder muito maior que ele, assim como a responsabilidade que vem com isso.

Só que, ultimamente, 3 coisas me chamaram bastante a atenção no Super-Homem:

1) Kill Bill. O comentário que Tarantino faz sobre a característica única na identidade secreta do Super-Homem é tão arrebatador que me marcou mais do que todo o restante do(s) filme(s). Considerando que o filme me marcou bastante, têm-se aí uma boa referência da importância que eu dei ao comentário.

2) Identidade Secreta. Uma graphic novel que conta a história de um garoto cujos pais, com um senso de humor estranho, aproveitaram o sobrenome da família (Kent) para chamá-lo de Clark. A história conta como é a vida de um garoto que vive sendo comparado a um super-herói de quadrinhos. No fim da primeira edição (de um total de 4) a história toma um rumo inesperado e interessante e é aí que a coisa pega fogo. Não gosto do final da história, mas o desenvolvimento é altamente contagiante e me deu aquela gostosa inveja por não ter sido eu quem bolou a história.

3) O novo filme. O diretor dos filmes dos X-Men está filmando o novo filme do Super. Tomara que fique pelo menos tão bom quanto as outras duas obras de quadrinhos que ele fez. Na verdade, parece que sim, pois no trailer recentemente lançado duas cenas realmente me tocaram. Na 1ª, a imobilidade das pessoas narua olhando para o céu me passou (finalmente) a idéia do que seria realmente ver um cara de capa voando. Na 2ª o herói sobre as nuvens compõe um plano incrivelmente lindo. Tudo isso ao som de John Williams, o cara que mais ganhou Oscars na história.

Isso tudo só significa uma coisa: Vou ter que reservar uma $$ para comprar as temporadas de Smallville em DVD.
Todas.

sábado, novembro 19, 2005

O VII Nosso de Cada Dia (2)

- Por que tem um cavalo na frente da Catedral?
- Tá vendo o cara com a capa vermelha em cima dele? É São Jorge.
- Puxa, é mesmo.
- O personagem principal tem uma visão com o santo nessa cena.
- E a Lua, cadê?
- Foi feita numa outra cena.
- E o dragão?
- Dragão não tem. Só quiseram mulher bonita no filme.

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O VII Nosso de Cada Dia (1)

- E aí, Gameiro, o que você faz no filme?
- Eu dirijo.
- Sério. Puxa. Que legal. E é difícil?
- Não muito... Ruim mesmo é o trânsito.